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3 de julho de 2024Redação Paiquerê
O Departamento do Espaço Aéreo (Decea), órgão ligado à Força Aérea Brasileira, confirmou a instalação do (ILS), do inglês Instrument Landing System, no Aeroporto de Londrina Governador José Richa. A aquisição ocorrerá por processo licitatório e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), por meio da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (Ciscea), será responsável pela aquisição e instalação do sistema.
A instalação do ILS em Londrina foi confirmada segunda (1º), em reunião realizada no Rio de Janeiro, com a presença do prefeito Marcelo Belinati, do secretário municipal de Governo, João Luiz Esteves, de oficiais da Força Aérea, como o Tenente-Brigadeiro do Ar, Alcides Teixeira Barbacovi, o Major-brigadeiro, Alexandre Arthur Massena Javoski, e o Major-Brigadeiro do Ar, Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior, além do coordenador do Grupo de Trabalho (GT) do aeroporto, Nicolás Mejia.
O início do processo licitatório, para a aquisição do equipamento, foi lançado oficialmente na segunda-feira (1º) e deve durar até 12 meses, pois envolve, primeiramente, o estudo que vai definir qual o ILS se enquadra no Aeroporto de Londrina, o qual será desenvolvido especificamente para este aeroporto. Na sequência, será lançado o edital para compra, que será uma licitação internacional. Depois, a empresa que ganhar a licitação vai fabricar o ILS em um prazo aproximado de seis meses. A previsão é que o aparelho seja instalado em Londrina em 2025.
O ILS é um sistema de navegação que fornece orientação precisa para a aproximação e pouso de aeronaves. Ele utiliza sinais de rádio transmitidos de terra para indicar a localização exata da pista, auxiliando os pilotos a alinhar e descer com precisão, mesmo em condições de baixa visibilidade.
O prefeito Marcelo Belinati enfatizou que o ILS é uma grande conquista para a cidade de Londrina e toda a região norte do Paraná. “Este é um momento histórico, pois é uma luta de 30 anos, e o ILS vai melhorar muito a segurança das operações aéreas, diminuir os cancelamentos dos voos, além de trazer um grande desenvolvimento regional. Londrina tem recebido grandes empresários mundiais, grandes indústrias e empresas, e estes líderes sempre perguntam sobre o nosso aeroporto. O aeroporto de Londrina está recebendo quase R$ 300 milhões em investimentos, para ampliação de pista e de todo terminal de embarque, e agora o ILS, que é um instrumento que facilita muito os pousos, colocando Londrina em uma posição estratégica, para crescer, ainda mais, e trazer mais indústrias e empresas para se instalarem aqui”, afirmou.
Com relação ao custo, o prefeito informou que o equipamento será adquirido com recursos do próprio Decea. “A Prefeitura de Londrina se colocou à disposição, caso precisasse bancar a compra do aparelho, contudo ficou definido que o Decea arcará com os custos. Eles nos colocaram que o aparelho custa, aproximadamente, 3 milhões de euros, ou seja, cerca de R$ 20 milhões, mas não fica só nisso, pois há custos com as obras de adequação do aeroporto”, informou.
O secretário municipal de Governo, João Luiz Esteves, contou que a conquista se deve a um grande trabalho realizado pela Prefeitura, sociedade civil organizada, Decea, NAV Brasil, e a CCR. “Foi necessário juntar todas estas partes para chegar em um entendimento e fazer um estudo para a implantação do ILS em Londrina. Depois de várias reuniões que tivemos durante este último ano, coordenadas pela Prefeitura de Londrina, agora tivemos o coroamento com a confirmação da instalação do ILS pelo Decea”, disse.
Ficou definido que o ILS será instalado na cabeceira 31, próxima a estrada do Limoeiro, e que a pista de taxiamento será deslocada e ampliada. O pacote de melhorias também inclui a instalação do ALS, que é o Sistema de luzes coloridas ou piscantes. Ficou definido, ainda, que o aparelho do ILS ficará sob responsabilidade da Prefeitura, para então cedê-lo ao aeroporto.
Em nome da Prefeitura, o secretário Esteves agradeceu todos os envolvidos no processo, incluindo o Decea e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o brigadeiro Peçanha, responsável pelo estudo na Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Barbacovi, e Major-Brigadeiro do Ar, Bastos.
O coordenador do Grupo de Trabalho (GT) do aeroporto, Nicolás Mejia, ressaltou que o aeroporto é uma ferramenta de desenvolvimento muito importante. “O aeroporto de Londrina atende, hoje, cerca de 2 milhões de pessoas de toda a região norte do Estado. Temos acompanhado o sofrimento que temos quando o tempo está nublado e há cerração, e isso é muito ruim para a economia. E para a acompanhar o desenvolvimento que a cidade apresenta, com a vinda de muitas indústrias e empresas, é necessário que tivéssemos um aeroporto que comportasse essas necessidades. Por isso, a iniciativa privada se juntou ao poder público e criou este grupo de trabalho, e agora tivemos esta notícia feliz da confirmação do ILS”, destacou.
O processo de aquisição e instalação do ILS será resultado de um trabalho colaborativo entre o DECEA, a Prefeitura de Londrina, a Concessionária Aeroportuária (CCR) e a NAV Brasil, que envolverá várias etapas: realização de estudos técnicos e normativos; coordenação entre as diferentes organizações envolvidas; implementação de infraestrutura complementar (ALS, pista de táxi e infraestrutura local); instalação do ILS e sistemas associados; e testes, voos do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) e homologações técnicas.
Participam desse processo pela Força Aérea Brasileira (FAB), a Ciscea que fará a aquisição e implantação do ILS, o Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), que realizará a elaboração dos procedimentos de aproximação e atualização da carta de aeródromo; o GEIV, que executará a validação dos parâmetros do ILS em voo e aprovação das cartas de aproximação; a CCR encarregada pela adequação da infraestrutura local para instalação dos equipamentos; e a NAV Brasil, responsável pelos estudos técnicos referentes à operação do aeródromo. A instalação deste equipamento, a sua operação, as ações de verificação e os procedimentos são recomendados pelas diretrizes da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI).
Com Ncom