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6 de julho de 2024Redação Paiquerê
A criação de políticas públicas de prevenção a doenças crônicas e degenerativas foi debatida em reunião pública na sexta-feira (5), na Câmara de Londrina, com a participação de profissionais de saúde e educação física, de conselhos de classe, conselhos municipais, universidades e órgãos públicos. Organizado pela Comissão de Defesa dos Direitos e Bem-Estar da Pessoa Idosa, o evento foi transmitido pelos canais do Legislativo no Youtube e Facebook.
A vereadora Lu Oliveira (Republicanos), presidente da comissão, disse que a reunião foi um primeiro passo para a elaboração de um Programa Municipal de Prevenção a Doenças Crônico-Degenerativas. Oliveira defendeu que o Sistema Único de Saúde (SUS) possa ofertar serviços de prevenção a doenças que acometem, principalmente, os idosos. Ela citou, por exemplo, hipertensão arterial e diabetes tipo 2. “Essas doenças poderiam ser prevenidas. Existem também outras tantas doenças que poderiam ser evitadas e, quando não são, acabam evoluindo e aumentam os custos de internações. Segundo dados do Ministério da Saúde, a internação de um idoso custa 30% mais para o SUS do que a de adultos com idade entre 25 e 59 anos. Essa conta vai aumentar e vai exigir investimentos para que o SUS se adapte ao novo perfil da população brasileira”, afirmou a vereadora, citando os dados do Censo que indicam que a população do país está envelhecendo.
Cilene Ribeiro, presidente do Conselho Regional de Nutrição do Paraná, afirmou que a alimentação adequada é um caminho para a prevenção. Ela citou que 54,7% das mortes do Brasil em 2019 foram causados por doenças crônicas não-transmissíveis, como câncer, cardiovasculares e diabetes, se referindo a dados do Ministério da Saúde. “De alguma maneira a gente tem sim que pensar em políticas de prevenção. Outra coisa, que queria reforçar é que, pelos dados do SUS de 2018, o Brasil gastou R$ 3,4 bilhões com hipertensão, diabetes e obesidades. São dados muito significativos”, relatou.
A secretária municipal do Idoso, Andrea Bastos Ramondini Danelon, disse que 18% da população londrinense está acima dos 60 anos. Segundo ela, há uma política pública consolidada para os idosos na cidade, mas há espaço para se avançar. Ela citou que os Centros de Convivência dos Idosos (CCIs), por exemplo, possuem atividades de prevenção a doenças. “A gente faz a prevenção, porque os centros de convivência não deixam de fazer a prevenção com atividades físicas, atividades cognitivas e todas as ações, mas a gente também trabalha com aquele idoso que já está doente”, afirmou.
Viviane de Souza Pinho, conselheira do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Paraná, disse que é importante que as ações já realizadas possam se tornar políticas públicas para que elas sejam consolidadas e mantidas, mesmo com mudanças de gestão na administração pública. Também sugeriu que as universidades realizem convênios para ofertar atividades de saúde na comunidade, com a atuação dos estudantes. “Devemos ter esse olhar de fiscalização junto aos cursos de Fisioterapia e priorizar essas campanhas, que os docentes possam trazer essas pautas de atendimento em grupo, pensando não só no tratamento, mas nessa prevenção e promoção da saúde”, defendeu.
Com CML