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6 de dezembro de 2024Redação Paiquerê
Um evento especial no calendário de aniversário da cidade abre a programação do Festival Internacional de Londrina – FILO, que será realizado em duas etapas, em dezembro de 2024 e em fevereiro de 2025. A agenda comemorativa deste mês inclui uma apresentação teatral, uma residência artística com leitura dramática e o lançamento do livro “A Nação” pelo Projeto de Internacionalização de Dramaturgias.
Todas as atividades são gratuitas e os convites podem ser retirados de forma antecipada pela plataforma Sympla, a partir desta sexta-feira (6). O FILO conta com patrocínio da Prefeitura de Londrina, através do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), gerido pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC).
Na terça-feira (10), às 20h30, no Cine Teatro Ouro Verde, o público londrinense poderá conferir a montagem “A Aforista”, encenada pela Cia. Stavis-Damaceno, de Curitiba, que conquistou o Prêmio APCA 2023 na categoria Melhor Espetáculo, além do Prêmio Shell de Melhor Figurino.
Em cena, a atriz Rosana Stavis é acompanhada pelos pianistas Sergio Justen e Rodrigo Henrique, que fazem um duelo musical no palco e dão o tom da narrativa, executando trilha original criada por Gilson Fukushima. Com dramaturgia e direção de Marcos Damaceno, “A Aforista” acompanha o turbulento fluxo de pensamento da protagonista, que relembra os caminhos percorridos por ela e seus antigos amigos da escola de música, enquanto segue para o funeral de um deles.
Já no dia 12 de dezembro, às 19h, na Divisão de Artes Cênicas da Casa de Cultura da UEL, será realizado o lançamento do livro e a leitura dramática da peça “A Nação”, com direção de Fernando Zugno, de Porto Alegre. As ações integram o Projeto de Internacionalização de Dramaturgias, realizado pela Buenos Dias, que em sua terceira edição foca o olhar nos Países Baixos. Trata-se de uma parceria entre a Plataforma BRAC, Performing Arts Fund NL, Nederlands Letterenfonds – Dutch Foundation for Literature, Consulado-Geral do Reino dos Países Baixos, Núcleo dos Festivais Internacionais de Artes Cênicas do Brasil e a Editora Cobogó, que publicou as obras da Coleção Dramaturgia Holandesa.
A leitura dramática apresentará o resultado de uma residência artística que acontecerá de 7 a 11 de dezembro, na Usina Cultural, com a participação de atores locais selecionados pelo diretor Fernando Zugno. Um mistério é o ponto de partida da peça: em um bairro multicultural em Haia, uma criança desaparece sem deixar vestígios. Sanguessugas orbitam o drama familiar, vendo uma oportunidade de autopromoção. A trama se desenrola em seis episódios inspirados em gêneros de televisão e da internet (como o drama policial, o talk-show e o documentário), numa espécie de maratona de séries numa plataforma de streaming.
De autoria do dramaturgo holandês Eric de Vroedt, “A Nação” foi traduzida pelo dramaturgo brasileiro Newton Moreno e integra a proposta do projeto de expandir as fronteiras das artes cênicas brasileiras, provocando um intercâmbio de experiências.
Realização
Como em edições anteriores, o FILO vem sendo realizado em parceria com entidades culturais da cidade. Neste ano, a realizadora do Festival é a Usina Cultural, associação dedicada às artes cênicas e uma das vilas culturais pioneiras de Londrina. A coordenação geral desta edição do Festival está a cargo de Alex Lima, e a coordenação artística é de Luiz Bertipaglia.
Alex Lima, que garante muito empenho e trabalho na manutenção e continuidade do Festival, avalia como promissora a oportunidade de a Usina Cultural estrear na função de realizadora do FILO: “É uma parceria que une a importância histórica do Festival, o grande fomentador de todas as artes, e da Usina Cultural, que foi a primeira vila cultural da cidade e palco para grandes espetáculos do Festival. O FILO é essencial na construção da identidade cultural de Londrina”, diz.
O coordenador artístico Luiz Bertipaglia também destaca a parceria do FILO com a Usina Cultural. “É uma demonstração da importância das vilas culturais e seu amadurecimento ao longo dos últimos anos. A Usina tem um currículo admirável, já formou vários grupos da nossa cidade e, recentemente, foi contemplada em editais da Lei Paulo Gustavo e, também como ponto e pontão de cultura na Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura – PNAB, municipal e estadual”, destaca.
Sobre as atrações programadas em homenagem ao aniversário de Londrina, Bertipaglia afirma que foi uma forma de presentear o público londrinense. “Vamos encerrar o ano com duas produções teatrais de peso, contundentes. E depois começamos 2025 com uma programação cultural consistente, focada na diversidade e na acessibilidade”, adianta, destacando que a segunda etapa do FILO será realizada de 6 a 16 de fevereiro do ano que vem.
A secretária municipal de Cultura de Londrina, Maria de Fátima Beraldo, reforçou a importância do Promic em garantir recursos para o desempenho da programação do Festival, que há 57 anos faz parte da história cultural de Londrina. “O poder público tem o compromisso de colaborar e ser agente de incentivo deste evento tão relevante”, observa. “Uma das características importantes de Londrina é a constante propagação da cultura. O FILO é evento, é escola, são artistas, são pessoas e é o legado de Nitis Jacon, que colocou esta cidade do Norte do Paraná nos circuitos nacional e internacional do teatro e de todas as artes”, conclui.
Com Ncom