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7 de junho de 2024Redação Paiquerê
Alunos e professores de 10 escolas municipais de Londrina foram premiados no concurso de redação do projeto “O Japão que Inspira”. A solenidade de entrega dos prêmios ocorreu na última quinta-feira (30), dentro da programação da Expo Japão 2024. Além dos vencedores e seus familiares, participaram a secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes; o cônsul-geral interino do Japão em Curitiba, Rei Oiwa; Klissia Tiba, coordenadora do projeto; a presidente da ACEL, Luzia Yamashita Deliberador; e outras autoridades.
O evento de premiação do concurso incluiu uma performance do projeto Orquestrando o Futuro, que trouxe alunos da Escola Municipal Arthur Thomas para apresentar arranjos de canções japonesas. O “Orquestrando o Futuro” faz parte do programa Vencer, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (SME).
No total, o projeto “O Japão que Inspira” selecionou 12 redações, sendo 10 da rede pública e duas para alunos de escolas privadas de língua japonesa (lista completa ao final). Para essa edição, o tema escolhido pelo projeto foi “A participação dos japoneses na construção de Londrina”, em consonância com o conteúdo curricular da rede municipal que aborda a comemoração pelos 90 anos de Londrina, a serem completados em dezembro deste ano.
Antes de produzirem os textos, cerca de 2 mil estudantes que cursam o 5° ano em 28 escolas municipais tiveram contato com materiais sobre a cultura japonesa, que abordaram diversos aspectos da comunidade nipônica, como a gastronomia, artes, língua japonesa e alfabetos, entre outros. Uma das ferramentas utilizadas foi a animação “Laços da Amizade”, da Maurício de Souza Produções, que conta a história da imigração japonesa ao Brasil e aborda o retorno dos descendentes ao Japão.
Algumas unidades escolares também receberam atividades e oficinas conduzidas por voluntários do projeto. Eiichi Nakamura e Wataru Kawamura, da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) em Londrina, levaram para os estudantes as principais diferenças culturais entre Brasil e Japão, incluindo como é a escola, as brincadeiras, esportes e alguns costumes japoneses. Soraia Uemura, do Centro Cultural da Aliança Cultural Brasil-Japão do Paraná, conduziu oficinas de origami. A pedagoga Elizabeth Morikawa, que também é professora de música, falou com as crianças sobre a cultura japonesa. A professora Renata Suzue fez contação de histórias japonesas na Biblioteca Infantil, e o grupo de taiko Ishindaiko fez uma apresentação de percussão japonesa.
As escolas municipais que aderiram ao “Japão que Inspira” desse ano foram: América Sabino Coimbra, Aracy Soares dos Santos, Anita Garibaldi, Artur Thomas, Claudio de Almeida e Silva, Helvio Esteves, Ignez Corso Andreazza, Juliano Stinghen, Melvin Jones, Pedro Vergara Correa, Roberto Pereira Panico, Vilma Rodrigues Romero, Corina Mantovan Okano, Carlos da Costa Branco, Eugênio Brugin, Sônia Parreira Debei, Dalva Fahl Boaventura, Tereza Canhadas Bertan, Moacyr Camargo Martins, Áurea Alvim Toffoli, Elias Kauam, Maestro Andrea Nuzzi, Jadir Dutra, Roberto Alves Lima Júnior, San Izidro, Joaquim Pereira Mendes, Maria Irene Theodoro e José Hosken de Novaes.
Depois dessas introduções, realizadas ao longo dos meses de março e abril, os alunos começaram a produzir as redações, com orientação direta e apoio dos professores. Esses materiais foram avaliados inicialmente em cada escola e, posteriormente, pela coordenação do projeto. Os critérios aplicados para análise das redações incluíram foco na temática proposta; atenção às normas da Língua Portuguesa, coerência e coesão na organização do texto; tipo textual dissertativo-argumentativo; entre outros.
E em maio, foram anunciadas as dez redações vencedoras do concurso. O aluno Davi Barbosa Teodoro foi um dos 12 autores premiados, e seu texto está publicado na página do projeto. Ele estuda na Escola Municipal Professora Aracy Soares dos Santos, localizada no distrito de Irerê. Na premiação, Davi e sua família foram acompanhados na premiação pelo professor Oswaldo Antonio Oriani Junior.
O professor contou que os dois estão muito felizes e orgulhosos pelo reconhecimento alcançado. “Achei muito interessante que todos os alunos se empenharam. Três professoras da escola fizeram a primeira seleção das redações; quando vi na página do projeto que o Davi foi selecionado entre os dez fiquei muito surpreso e feliz, ao mesmo tempo. Estou com essa turma desde o 3° ano, então fico lisonjeado também pelo meu trabalho. Para mim foi uma conquista, nunca tínhamos ganhado um prêmio. Todos os alunos, inclusive o Davi, ficaram encantados, e no dia da premiação ele ficou também super feliz. A homenagem e premiação foram uma forma de valorização da cultura japonesa, do nosso trabalho profissional e dos alunos”, frisou.
Para os professores, foi entregue como prêmio uma cesta de confeitaria com produtos da Hachimitsu. Já as crianças ganharam exemplares de livros da Turma da Mônica, cedidos por Maurício de Souza; um kit com produtos escolares japoneses, composto por cadernos, canetas, borrachas e lápis; gohan, o arroz japonês, e acessórios para consumir comida japonesa; papéis para origami; exemplares da revista Nipônica, fornecidas pelo Consulado-Geral do Japão em Curitiba. Todos receberam também um certificado, por atingirem a nota máxima com suas redações.
Coordenadora do “Japão que Inspira” desde 2019, Klissia Tiba também visitou algumas escolas como voluntária. “Um dos principais atributos do projeto é trabalhar a questão do estereótipo e a identidade racial. Há muitas crianças descendentes que sofrem bullying, e trabalhamos de forma prática mostrando o que não pode ser dito nem feito. Alguns alunos, por eu ser mestiça e ter traços japoneses, me perguntam sobre a minha cultura, se eu volto para o Japão todos os dias, então é preciso trabalhar isso com eles. Então o projeto é muito importante, pois ambientalizamos os alunos e em seguida mostramos como a cultura japonesa está presente na vida deles. Trazemos os animes, exposições, comida e demais elementos já presentes no dia a dia”, elencou.
Os integrantes do projeto, iniciado em 2018, cogitam ampliar o período de contato com os estudantes para a próxima edição. E, segundo o idealizador do projeto e vereador Eduardo Tominaga, os textos produzidos vão integrar um relatório a ser enviado ao governo do Japão, via consulado. “Estamos muito animados com os resultados e o engajamento das crianças e já enxergamos ‘O Japão que inspira’ bem maior. Não há dúvidas do seu potencial e já pensamos em evoluir com outros formatos de concurso, novas parcerias com empresas e instituições privadas, governamentais em Londrina e em outras cidades”, disse.
A premiação do concurso de redação do “O Japão que Inspira” contou, ainda, com a participação do coordenador da Expo Japão 2024, Luciano Matsumoto; o vereador Eduardo Tominaga, líder do Executivo na Câmara; e os voluntários do projeto.
Lista de finalistas do concurso de redação
Escolas Municipais:
– E. M. América Sabino Coimbra
Aluna Isabella Vitória Alves Dos Santos
Prof. Fláubertt Odevanir Couto Barth
– E. M. Profª. Aracy Soares Dos Santos
Aluno Davi Barbosa Teodoro
Prof. Oswaldo Antonio Oriani Junior
– E. M. Dr. Claudio De Almeida E Silva
Aluna Ana Luiza Vaz Monteiro
Profª. Vanessa Guimarães De Oliveira
– E. M. Prof. Helvio Esteves
Aluna Isabela Caldeira Sernichiari
Prof.ª Augusta Gontijo Lobo
– E. M. Ignez Corso Andreazza
Aluno Pedro Missão Vieira De Souza
Profª. Thainá Manichi
– E. M. Prof. Juliano Stinghen
Aluna Lara Mariany Proença Da Silva Paixão
Profª. Rosely Da Silva
– E. M. Melvin Jones
Aluna Manuela Costa Prado
Profª. Kamila Santos
– E. M. Pedro Vergara Corrêa
Aluno Eliel Rocha Da Silva
Prof.ª Bárbara Souza De Almeida Jankowski
– E. M. Maestro Roberto Pereira Panico,
Aluna Laura Sabatini Do Prado
Prof.ª Keila Cristina Facundo
– E. M. Profª. Vilma Rodrigues Romero
Aluno João Miguel Diesel Leite
Prof.ª Luzinete Santos
Escolas Privadas:
Escola Modelo de Londrina – Redação em japonês
Aluno Lucas Furutani Toyama
Prof Patricia Rumi Adatihara
Escola Megumi – Redação em japonês
Aluno Lucas Hideki Maeda
Cristina Yoshida Fujii
Com Ncom