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9 de abril de 2024Redação Paiquerê
Foi sancionada na segunda-feira (8), pelo prefeito Marcelo Belinati, a Lei nº 13.753/2024 que declara de utilidade pública o Instituto Conexões Londrina. A entidade sem fins lucrativos, com base no bairro Vista Bela, região norte, desenvolve uma série de serviços sociais para a comunidade residente nessa abrangência, bem como em outras áreas periféricas pela cidade. O reconhecimento público da instituição foi aprovado a partir do projeto de lei de autoria do vereador Matheus Thum, que participou da assinatura do documento no gabinete do prefeito, juntamente com a coordenadora do Conexões Londrina, Lua Gomes.
Este instituto é executor das ações da Central Única das Favelas (CUFA) em Londrina e região metropolitana, sendo responsável por realizar atividades filantrópicas e projetos voltados para as áreas da educação, trabalho e renda, cuidados com a saúde das mulheres, entre outras iniciativas em territórios vulneráveis. O rol de trabalhos inclui ações como a distribuição de alimentos, itens de saúde e higiene, oficinas, cursos, distribuição de roupas, botijões de gás para famílias que precisam e diversos outros trabalhos (ver mais detalhes ao final).
O projeto Conexões teve início em 2019 e foi formalizado em 2021, durante a pandemia de Covid-19. Nesse período, atuou ajudando milhares de famílias com necessidades diversas, em um cenário de grandes dificuldades enfrentadas pela população mais vulnerável. Com as campanhas humanitárias, mais de 4 mil famílias foram alcançadas pelas atividades ao longo dos últimos anos, somente nas linhas de trabalho social e educativa.
Segundo Lua Gomes, uma das fundadoras e gestora da entidade, o recebimento do título de utilidade pública, concedido pelo poder municipal de Londrina, é fundamental para corroborar os esforços coletivos feitos pela organização e dar um respaldo maior para a obtenção de recursos e captação de parcerias que fortaleçam o projeto. “É uma chancela da Prefeitura que abre portas e facilita o acesso a oportunidades em outras esferas de políticas públicas, com a ideia de conseguir firmar convênios, participar de concorrências públicas, sendo algo essencial para galgarmos novos degraus e ocupar mais espaços”, considerou.
De acordo com Gomes, o Conexões chega a atender de 1.800 a 2 mil pessoas, anualmente, mantendo uma média de 50 famílias abrangidas em cada uma das ações desenvolvidas, entre os projetos sociais e educativos. “Já para as ações culturais temos uma média de alcance de 8 mil pessoas. Anualmente, é realizada a Semana da Favela, evento focado na diversidade cultural, economia criativa, valorização do comunitários e outros meios de inclusão das populações periféricas e de favela. Os trabalhos iniciaram de maneira experimental e foram sendo aprimorados conforme o andamento e os resultados gerados. Com esta lei sancionada, teremos mais chances de pleitear melhorias junto ao poder público e outras redes de serviços. É uma conquista que fortalece nosso coletivo de trabalho e vale muito a pena observar e comprovar tudo o que estamos conquistando até aqui”, apontou.
A coordenadora do instituto ainda citou que as campanhas do Conexões Londrina englobam a saboaria artesanal, onde quem participa aprende a produzir seu próprio produto de higiene e limpeza, bem como as campanhas permanentes de combate à pobreza menstrual, arrecadação de alimentos, produtos de limpeza e higiene. Também é ofertado cursinho pré-vestibular comunitário no bairro Vista Bela (região norte), feiras de serviço, grupos de mulheres, cursos profissionalizantes, as ações da Semana da Favela, e atividades em parceria com universidades.
O prefeito Marcelo Belinati destacou que o reconhecimento público à organização social, chancelado pelo Município, significa a comprovação de um trabalho comunitário que possibilita trazer mais dignidade e qualidade de vida a milhares de famílias. “Iniciativas como essa são de extrema importância pelo fato de construírem ações concretas. E nós, enquanto poder público, precisamos, além das políticas públicas permanentes realizadas, incentivar o trabalho coletivo que beneficia os bairros da cidade. Esse título concedido dará ainda mais força ao que o Conexões já desenvolve de forma tão maravilhosa, agora criando novos ramais para o alcance de recursos e parcerias”, comentou.
Para o autor do projeto de lei, o vereador Matheus Thum, o título é mais que merecido e cria novos horizontes para o Conexões Londrina ampliar seu alcance e continuar ajudando quem mais precisa. “Pude conhecer mais de perto o projeto pela Lua Gomes, que me explicou exatamente o seu funcionamento e relevância, e então veio a ideia de propor a concessão da utilidade pública ao Conexões. Agradeço imensamente a ela e a essa entidade que promove um trabalho social tão bonito, sério e produtivo, capacitando pessoas gratuitamente, arrecadando alimentos e itens básicos, com grande atuação durante a pandemia, e ofertando cultura e lazer também à comunidade. As ações vêm ganhando corpo e estou muito feliz em ver essa evolução, podendo dar minha contribuição agora. Espero que venham novos recursos em programas da Prefeitura, e também junto ao governo estadual e federal”, disse.
Sobre o Conexões Londrina
No período pandêmico mais crítico, entre 2020 e 2022, dadas as condições adversas enfrentadas pela população, principalmente as famílias mais carentes, o Instituto Conexões intensificou suas atividades filantrópicas. Foram distribuídos mais de 1.000 kits de alimentos (itens perecíveis e não-perecíveis) às famílias da periferia de Londrina. De forma especial, houve o acompanhamento permanente de 30 famílias com repasse de cestas básicas e itens de higiene pessoal e limpeza.
Além disso, houve o atendimento de demandas com material fisioterapêutico, por meio de cessão em comodato gratuito de itens como camas hospitalares, cadeiras de rodas e banho, entre outros. Foram realizadas campanhas de arrecadação e distribuição de absorventes higiênicos, em resposta ao enfrentamento da pobreza menstrual. O Instituto desenvolveu oficinas periódicas de saboaria artesanal, com distribuição e fomento à geração de trabalho e renda. Fez arrecadação, coleta, triagem e distribuição de alimentos perecíveis, sendo que no ano 2020 foram distribuídos, em média, de 3 a 4 toneladas por semana, durante 5 meses. Em 2022, mais de 70 toneladas de produtos alimentícios foram distribuídas, em parceria com o MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, pequenos produtores e redes de comércio varejista.
Ainda no biênio 2020-2021, o Instituto desenvolveu o “Bazar de Quebrada”, com arrecadação de roupas, triagem e distribuição gratuita dos produtos arrecadados, sendo que cada pessoa escolhe os itens que quer adquirir. Foram realizadas quatro edições do bazar no Jardim São Jorge, três no Jardim Franciscato, na zona sul, e sete nas zonas leste e Oeste. No biênio 2020/2021 o Instituto promoveu a distribuição de mais de 1.300 butijões de gás à população carente e periférica.
Nas oficinas de saboaria artesanal, mais de três toneladas de sabão foram produzidas e distribuídas, além de 58 toneladas de alimentos e 15 toneladas produtos de limpeza.
Com Ncom