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13 de dezembro de 2024Redação Paiquerê
A Prefeitura de Londrina, por meio da Diretoria de Bem-Estar Animal da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), realizou na quinta-feira (12) a última entrega em 2024 do Banco Municipal de Rações. Na oportunidade, 156 pessoas, entre representantes de Organizações Não-Governamentais (ONGs) da causa animal, protetores independentes e inscritos no CadÚnico foram convocados para fazer a retirada de 11 toneladas de rações para cães e de 6 toneladas para gatos.
A ação integra a Política Pública de Proteção e Defesa dos Animais em Londrina, que em abril teve os serviços de planejamento, estabelecimento, implantação e administração transferidos da Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) para a CMTU. Com a conclusão dos repasses de dezembro, a CMTU terá distribuído, até o final do ano 139.420 quilos de ração, sendo 92.380 quilos destinados a cachorros e 47.040 quilos a felinos.
Desde que a companhia passou a contribuir com a alimentação desses animais, o público-alvo previsto em lei para receber as remessas foi submetido a um processo de recadastramento. O procedimento, cujo objetivo era atualizar informações dos responsáveis e da quantidade de bichos sob sua tutela, garantiu a redução do número de protetores independentes e de famílias de baixa renda atendidos de 500 para 225 e de 1 mil para 362, respectivamente.
Fernanda Maria de Oliveira Dias, assessora técnica da CMTU com formação em medicina veterinária, explicou que a atualização cadastral ocorre periodicamente, uma vez que o fluxo de resgates e de adoções ocorre de forma contínua. “Toda semana tem novos cadastros e, para garantir que os recursos estão sendo destinados corretamente, nós temos todo um trabalho de fiscalização. Vamos a cada um dos endereços para conferir se, de fato, o cidadão se enquadra nos requisitos e possui o número de animais que afirma ter”, contou.
A veterinária esclareceu que o Programa Municipal Banco de Rações é administrado com recursos da Prefeitura de Londrina, por meio do Fundo de Proteção aos Animais (FUPA), criado pela Lei nº 12.695/2018. Para 2025, a expectativa é que a verba para aquisição das rações integre o Fundo de Urbanização de Londrina (FUL), gerenciado pela CMTU. As distribuições acontecem semanalmente ou a cada 15 dias, sendo que cada ONG, protetor independente ou pessoa inscrita no CadÚnico recebe o alimento uma vez por trimestre.
Cada entrega leva em conta o cálculo de 7,5 kg de ração por cão e de 3,7 kg por gato. Os repasses têm dia e horário estipulados previamente e a CMTU não faz o transporte dos itens. Isto é, a cada três meses os responsáveis precisam se dirigir até a sede da Diretoria de Bem-Estar Animal, na região leste da cidade, para fazer a retirada dos donativos. “É importante ressaltar que este é um serviço assistencial cujo intuito é auxiliar, e não custear integralmente, a alimentação da população animal atendida pelo Programa”, detalhou Dias.
A protetora Maria Isabel Ferreira, de 70 anos, possui atualmente mais de 100 cachorros e gatos sob sua guarda. Moradora da Vila Brasil, na área central, ela atua na proteção animal há quase 40 anos – a maior parte do tempo sem qualquer apoio do poder público. “Agora esse trabalho está mais fácil. Temos o Banco de Rações, as pessoas também estão mais sensibilizadas e, às vezes, doam alimentos. Então, eu acho que melhorou bastante. Pelo menos a gente não vê os cachorrinhos com fome”, afirmou.
Ketlen Schrott, de 35 anos, no momento tem 20 gatos, 3 cães e 3 pássaros sob sua proteção. Residente do Jardim Santos Dumont, na zona leste, ela avalia como positivo o auxílio do Município na nutrição dos bichinhos. “É muito bom. Veio no momento certo para mim, porque recentemente eu perdi o emprego. Eu usava o meu salário para comprar as rações e areias. Antes, eu bancava tudo sozinha e os gastos eram muito elevados. Agora, a situação mudou. É uma benção mesmo”, comemorou a protetora.
Cadastramento
Para pleitear o credenciamento junto ao Banco Municipal de Rações, os interessados precisam comparecer pessoalmente à sede da CMTU, na rua Professor João Cândido, nº 1213. No caso de cidadãos em situação de vulnerabilidade, os itens exigidos durante o cadastro são documento com foto, comprovante de residência em Londrina e o número do CadÚnico.
Já os representantes de ONGs e os protetores independentes precisam apresentar somente documento com foto e comprovante de endereço. Após o preenchimento do formulário, a companhia organiza vistorias para a confirmação dos dados informados. Apenas após as inspeções é que os interessados enquadrados nos critérios de seleção passam a ser beneficiários da iniciativa.
Além do Banco Municipal de Rações, a Política Pública de Proteção e Defesa dos Animais em Londrina conta com o Castramóvel; a Unidade de Assistência e Bem-Estar Animal (UABA); o SamuVet; o serviço de fiscalização contra maus-tratos; o de recolhimento de animais mortos; o de captura de animais de grande porte soltos em via pública e o de adoção de animais albergados.
Com Ncom