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19 de fevereiro de 2025Redação Paiquerê
Com a contenção do vazamento na comporta de um dos vertedouros do Igapó 2, no último sábado (15), a Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação conseguiu controlar a situação e o nível do lago, que tinha baixado cerca de 40 centímetros, voltou a subir e já se aproxima da normalidade.
De acordo com o secretário municipal de Obras e Pavimentação, Otávio Gomes, ao que tudo indica, o rompimento da comporta teve como causa a falta de manutenção. A solução emergencial encontrada pelos técnicos da Prefeitura e pelo projetista da obra, o engenheiro Carlos Costa Branco, foi conter a vazão do Lago 2 para que ele não esvaziasse.
“Com a ajuda de um guindaste, nós colocamos essas ‘bags’ de areia, com mais de uma tonelada cada, na entrada da tubulação por onde a água é sugada, para que pudéssemos conter um pouco a vazão e o lago não baixasse ainda mais seu nível”, explicou o secretário.
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Segundo Gomes, agora o grupo de trabalho criado pela Prefeitura para cuidar da questão começa a avaliar quais as próximas medidas a serem tomadas. “Essa ação emergencial nos dá tempo para planejar da melhor forma possível como será feita a manutenção no vertedouro. Lembrando que nós temos dois deles e que apenas um apresentou problema, mas, fatalmente, vamos ter que fazer a manutenção dos dois e, para isso, estamos estudando quais serão as estratégias”, disse o secretário.
Esvaziamento descartado
Segundo Otávio Gomes, o esvaziamento do lago para um posterior desassoreamento, neste momento, está descartado, em função da fauna local, da grande quantidade de lama acumulada e do volume de recursos necessários para uma obra desse porte. “Nós temos a vida subaquática, que é composta não apenas de peixes, sem contar a questão do próprio material do assoreamento. Então, por uma medida de segurança mesmo, nós optamos por estancar o vazamento e, num segundo momento, fazer essa revisão da comporta, procurando manter o lago cheio”, afirmou.
Solução mais moderna
O secretário disse que a Prefeitura também avalia um novo modelo de comporta, mais “dinâmico” e adaptado à realidade atual e afirmou que todas as medidas serão divulgadas com antecedência. Para tentar amenizar os alagamentos no aterro e ruas próximas, como a rua Joaquim de Matos Barreto, a Prefeitura ainda vai avaliar algumas possibilidades. “Os volumes pluviométricos aumentaram significativamente nos últimos anos e a gente precisa considerar isso, somado à impermeabilidade das casas. Temos um problema ali na Joaquim de Matos. Ela é muito baixa, ou seja, qualquer subida do Lago afeta diretamente a rua. Então, uma das hipóteses é fazer com que o nível do Lago Igapó 2 seja mais dinâmico. Em dias ou épocas de muita chuva, podemos baixar o nível dele de forma programada, porque se abrirmos as comportas num momento de muita chuva, estouramos o Igapó 1 e isso não pode acontecer”, frisou.
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De acordo com Gomes, todas as medidas da Prefeitura em relação ao lago serão amplamente divulgadas. “Não vamos tomar nenhum tipo de atitude sem consultar os órgãos ambientais responsáveis, tanto na esfera municipal quanto na esfera estadual, e também não vamos tomar nenhum tipo de medida sem comunicar a população antecipadamente.”
Solução rápida
O engenheiro projetista da barragem do Igapó, Carlos Castelo Branco, explicou que as comportas funcionam como elementos de segurança, permitindo baixar o lago 2 mais rapidamente ou mais lentamente, em caso de alguma emergência. Segundo ele, com a contenção do vazamento, a recuperação da comporta com problema e a revisão da outra são serviços relativamente simples. “Basicamente, seria uma contenção da água antes e uma depois da comporta. É fechar a montante e a jusante, secar aquela parte e fazer o procedimento necessário. Dá para recuperar rápido, creio que em alguns poucos dias se consegue e depois fazer a mesma coisa do outro lado. Além disso, é preciso estudar alternativas para criar algum dispositivo nessa comporta, que possa ter uma manutenção mais fácil em outras oportunidades”, disse Castelo Branco.
Aterro necessita de estudos
Sobre os alagamentos na região do aterro, o engenheiro avalia que o controle do nível do lago 2, por meio das comportas, é uma solução viável, mas necessita de estudos. “Eu diria que, para garantir que isso funcione, primeiro precisamos ter um levantamento de toda a bacia, saber como é que está a topografia do lago, além de verificar as tubulações que estão levando a água daquela região do Aterro para o Lago 2. Se alguma delas não estiver suportando, a gente vai ter que, talvez, aumentar, para fazer com que o fluxo seja mais rápido”, disse o engenheiro.
Estudo das barragens
O diretor de Projetos de Obras Públicas da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação (SMOP), Fernando Bergamasco, que também participa do grupo formado para avaliar a situação do lago, explicou que a Prefeitura lançou, ainda no ano passado, licitação para contratar uma empresa especializada que vai fazer a análise de toda a bacia do Cambezinho. “Temos a barragem da Faria Lima, a barragem do lago 2, a do Igapó 1, e a do parque Arthur Thomas. Nesse contrato nós teremos um levantamento topográfico, que é necessário para conhecermos as características da bacia e saber, por exemplo, em quanto tempo a chuva mais distante demora para chegar até as barragens. Iniciamos isso no ano passado, a publicação foi feita e a abertura das propostas é agora dia 27 de fevereiro”, contou.
Com Ncom