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27 de julho de 2024Redação Paiquerê
O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizou na sexta-feira (26) a Operação Corium, voltada a apurar a prática dos crimes de posse ilegal de artefatos bélicos e falsificação de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, com envolvimento de agentes públicos nos ilícitos. A Corregedoria-Geral da Polícia Militar participou da ação, que culminou no cumprimento de uma ordem de prisão preventiva contra um policial militar e quatro mandados de busca e apreensão.
As investigações sobre o caso começaram em junho, quando o proprietário de um apartamento recém-adquirido em área nobre de Londrina chamou a Polícia Militar após ter encontrado, em sua primeira visita ao imóvel, dentro de um lavabo, diversas armas – uma espingarda semiautomática calibre 12 com numeração suprimida, uma pistola 9 mm, um revólver calibre 22, bem como dezenas de munições. Além disso, achou uma mala com produtos químicos controlados, frascos, acessórios e etiquetas (materiais usados para fabricação e comercialização ilegal de anabolizantes sem registro e sem procedência, em desacordo com a legislação).
Andar errado
O material ilícito foi apreendido, e iniciada a apuração, sendo verificado que o responsável pelo armamento, as munições e a mala de anabolizantes era um policial militar que teria deixado os objetos no local, por engano, dez dias antes. Conforme a investigação, ele deixaria os produtos em um apartamento de sua família, que também estava desocupado e vazio, no mesmo prédio. Contudo, ao que parece, apertou o andar errado no elevador. Além de manter as armas e munições ilegalmente, foi apurado que ele pretendia fabricar e vender ilegalmente produtos como anabolizantes e compostos medicinais variados, como testosterona, trembolona, masteron e nandrolona.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência do investigado, em condomínio de luxo, e em outros três imóveis relacionados a ele. Todas as ordens judiciais foram deferidas pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Londrina, a pedido do Gaeco.
Com MPPR