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A pedido do Ministério Público do Paraná, foi decretada pelo Judiciário a prisão preventiva de um advogado investigado na Operação Brutus, que apura atuação de associação criminosa envolvida com tráfico de drogas a partir de unidades prisionais de Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro do estado. A decisão pela preventiva foi expedida pela Vara Criminal de Cornélio Procópio na última sexta-feira, 24 de janeiro, data em que também foi recebida pelo Juízo a denúncia oferecida pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca contra o advogado e outras 14 pessoas também investigadas pelos fatos.
Áudio do promotor de Justiça Guilherme Franchi da Silva Santos
As apurações da Operação Brutus tiveram início a partir de análise de conteúdo de celular apreendido pela Polícia Penal em maio de 2024 por ocasião de revista realizada na Cadeia Pública de Cornélio Procópio. Comprovou-se que presos simulavam atendimentos jurídicos com o advogado com a finalidade de receberem deste drogas, fumo e aparelhos de telefone celular – itens que eram comercializados no interior do estabelecimento prisional. O advogado estava preso temporariamente desde novembro de 2024, sendo a ordem de prisão e demais diligências acompanhadas por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil.
Entre os denunciados, que responderão pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas e favorecimento real impróprio, estão, além do advogado, os presos relacionados aos fatos e alguns familiares também com envolvimento nos ilícitos praticados (geralmente responsáveis pelos pagamentos ao advogado).
Referência
O nome da operação faz alusão à expressão supostamente dita pelo ditador romano Júlio César, no momento de seu assassinato, ao seu filho adotivo Marco Bruto e é amplamente utilizada para significar a inesperada traição de alguém próximo. No caso, a referência é ao advogado, que traiu seu o juramento ético para supostamente cometer crimes.
Com MPPR