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Redação Paiquerê
Com o objetivo de preservar e disponibilizar à comunidade memórias visuais valiosas que integram a história da cidade, a Associação dos Amigos do Museu Histórico de Londrina (Asam), em parceria com o Museu Histórico, tem feito a digitalização da coleção fotográfica da Prefeitura. Em 2024, o projeto, realizado com o nome “Difusão do Patrimônio Cultural e das Memórias da Cidade: Coleção Fotográfica da Prefeitura Municipal de Londrina”, entra em sua quarta etapa.
A iniciativa conta com patrocínio do Município, por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), gerido pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC). Neste ano, foram disponibilizados R$ 80 mil à ação. Esse montante é destinado à compra de materiais e ao fornecimento de bolsas de estudo a estagiários dos cursos de História, Design Gráfico, Ciências Sociais, Jornalismo, Biblioteconomia e Arquivologia.
A coleção do Município conta com fotografias produzidas entre as décadas de 1950 e 1990. Os trabalhos do projeto começaram em 2020, e até o momento 80 mil imagens foram digitalizadas, das quais 27.752 já foram inseridas na plataforma Pergamum Museus, onde podem ser acessadas livremente pela população. Além das fotografias em si, o site também disponibiliza textos com informações e referências sobre as imagens, como resultado da pesquisa feita pelos participantes da iniciativa.
A diretora do Museu Histórico de Londrina, Edméia Ribeiro, explicou que a coleção vem sendo digitalizada gradativamente, através de diferentes projetos que são apresentados ao Promic a cada ano. Ela destacou que as fotografias são disponibilizadas na plataforma Pergamum Museus em baixa resolução, porém, pesquisadores, artistas e profissionais da mídia que desejam utilizá-las em seus trabalhos podem solicitar as versões em alta resolução mediante a assinatura de um termo de uso restrito.
Ribeiro salientou que o Museu possui um acervo audiovisual muito rico, contendo coleções não só de fotografias como também de gravações de entrevistas, negativos, fitas VHS e fitas cassete, entre outros itens. “São registros muito importantes da história de Londrina. Na parte de fotografia, por exemplo, temos todos os grandes expoentes como o José Juliani, que fez fotos das famílias das primeiras décadas da cidade, e o Armínio Kaiser, que retratou o cotidiano da cafeicultura. Já as fotografias da Prefeitura, que em sua grande maioria foram feitas pelo Oswaldo Leite, são registros visuais valiosíssimos, que mostram o crescimento da cidade sob uma perspectiva institucional, incluindo o início de um bairro ou a construção de uma escola, por exemplo”, afirmou.
Ainda segundo a diretora do Museu Histórico, a instituição já digitalizava o seu acervo anteriormente, mas ao ingressar na base de dados Pergamum Museus, em 2017, foi possível disponibilizar o acesso para a comunidade.
“Além das fotografias e negativos, também temos trabalhado com documentos e periódicos, especialmente jornais. A Prefeitura, através do Promic, oferece uma contribuição importante para essa iniciativa, pois esses recursos permitem que tenhamos mais pessoas atuando na digitalização e inserção dessa documentação. Por meio desses projetos, conseguimos democratizar ainda mais as informações que possuímos em nossos acervos, e hoje o Museu Histórico de Londrina tem o maior acervo do estado e é o quarto museu mais visitado do Paraná. Do ponto de vista dos acervos digitalizados, recebemos visitas não só de Londrina, mas também de outras cidades e estados”, concluiu.
Com Ncom
