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11 de maio de 2024Redação Paiquerê
A Prefeitura de Londrina repassou R$ 12 milhões ao Hospital do Câncer de Londrina (HCL) para o início da construção da nova unidade de cuidados paliativos. A nova estrutura promete ser o maior hospital de cuidados paliativos do sul do Brasil e a previsão é que a construção inicie ainda em 2024. Para celebrar a conquista, foi realizada uma solenidade no gabinete do prefeito Marcelo Belinati, na manhã desta sexta-feira (10), onde foi feito o repasse simbólico do montante.
O terreno que abrigará o novo hospital foi doado ao HCL pela Prefeitura de Londrina. E o recurso advém do governo federal, via Ministério da Saúde, e foi garantido por meio de articulação da deputada federal Luísa Canziani, que preside a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Cuidados Paliativos na Câmara dos Deputados.
Na solenidade desta sexta-feira (10), a diretoria do HCL apresentou o novo projeto da unidade, que será construída na zona leste, nas proximidades da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Serão 62 novos leitos dedicados exclusivamente aos pacientes em cuidados paliativos e a unidade terá 4.890 m² de área.
Cuidado paliativo é uma abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio do alívio do sofrimento, tratamento da dor e de outros sintomas de natureza física, psicossocial e espiritual. O objetivo é oferecer dignidade e diminuição de sofrimento mais comum em pacientes terminais ou em estágio avançado de determinada enfermidade.
O presidente do Hospital do Câncer, Francisco Ontivero, explicou que HCL já realiza um trabalho votado aos cuidados paliativos, por isso as equipes já têm experiência com isso. “É um departamento que traz muito conforto para os pacientes e suas famílias, nesta hora tão difícil. Além de beneficiar os pacientes, este novo hospital também vai favorecer o HCL, pois os leitos que atualmente estão sendo usados para os cuidados paliativos, poderão ser utilizados para o tratamento do câncer, pois muitas vezes faltam leitos. Além disso, a unidade será um hospital diferenciado, onde as pessoas que ficarão ali se sentirão como se estivessem em tratamento em casa, por meio de um tratamento humanizado. Os familiares poderão ficar juntos aos pacientes, até o final”, detalhou.
O vice-prefeito, João Mendonça, representou o prefeito Marcelo Belinati no evento e parabenizou o Hospital do Câncer de Londrina pela iniciativa de ter um espaço exclusivo para os cuidados paliativos. “É fundamental cuidarmos das pessoas em todos os estágios da vida. Não tenho dúvidas de que esta nova unidade do Hospital do Câncer será referência no Estado e até no país”, frisou.
O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, disse que esta nova unidade representa um momento histórico. “O Hospital do Câncer, lançando este projeto, se coloca como um dos poucos hospitais do Brasil a ter uma retaguarda dedicada aos cuidados paliativos. E nós sabemos da necessidade com relação à humanização dos tratamentos, em especial de cuidados paliativos dos pacientes oncológicos, muitos em fase terminal. Além de trazer conforto, qualidade de vida, dignidade e um tratamento humanizado a estes pacientes, a nova unidade também vai liberar espaço físico na estrutura do HCL, o que é muito positivo”, destacou.
A deputada Luísa Canziani é defensora dos cuidados paliativos como política pública. Em dezembro de 2023 foi aprovado o projeto de lei 2.460/22, de sua autoria, que institui o Programa Nacional de Cuidados Paliativos. A proposta foi encaminhada ao Senado Federal. “Esta unidade do Hospital do Câncer, dedicada aos cuidados paliativos, é um sonho sendo realizado. Este hospital está avaliado em cerca de R$ 30 milhões, nós conseguimos este montante necessário para a realização deste sonho e hoje celebramos o repasse da primeira parte dos recursos, que já gestão sob a gestão do Hospital do Câncer, para que possamos iniciar a obra”, contou.
A deputada enfatizou que o Brasil é o terceiro pior país do mundo para se morrer e que há uma falta de dignidade no atendimento dos pacientes que estão passando por uma doença grave e ameaçadora da vida. “Por isso, esta deve ser uma das grandes lutas do Brasil, dos agentes políticos, dos profissionais da saúde, para que possamos garantir, cada vez mais, humanização e dignidade às pessoas. E iniciativas como esta corroboram para que tenhamos uma saúde cada vez mais humanizada”, afirmou.
Sobre o HCL – O Hospital do Câncer de Londrina é referência para 166 municípios do Paraná e atendeu mais de 1,2 milhão de pessoas no ano passado – cerca de 2,5 mil atendimentos por dia – sendo que mais de 90% dos atendimentos são de usuários do Sistema Único de Saúde. O serviço de cuidados paliativos no HC existe há mais de dez anos e conta com apenas dez leitos em unidade de internação própria no hospital e equipe multidisciplinar.
Entre os presentes na solenidade, estavam a diretora institucional do HCL, Mara Rossival; o deputado estadual Tiago Amaral; e a vereadora Lenir de Assis. A solenidade contou ainda com apresentação da Banda do Colégio Marcelino Champagnat.
Com Ncom