Aumento dos combustíveis deve gerar nova alta em alimentos

Edson Ferreira
Redação Paiquerê

O impacto do reajuste dos combustíveis nos preços dos alimentos e consquentemente na inflação poderia ser reduzido se o governo mantivesse reservas no orçamento para forçar aumentos menores. A avaliação é do professor de Economia da UEL, Carlos Roberto Ferreira, em entrevista à Paiquerê 91,7.

Segundo levantamento feito pelo Procon Londrina, a gasolina na cidade pode ser encontrada por até R$ 6,59 o litro, preço encontrado em um posto na zona sul da cidade. O preço do litro da gasolina mais em conta foi R$ 5,99, sendo o valor médio, de acordo com o levantamento, de R$ 6,15. Na última pesquisa feita pelo órgão, no final do mês de junho, a média ficava em R$5,90.

O professor Carlos Roberto Ferreira explicou que a matriz de transportes no país, dependente do meio rodoviário, também deveria ser repensada. O Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná, ParanáPetro, divulgou nota dizendo que “os postos não podem comprar diretamente das refinarias e são obrigados a comprar das distribuidoras de combustíveis”.

“Assim, o principal fator dos reajustes é a política de preços das distribuidoras e conforme informações disponíveis no mercado, nos últimos dias as distribuidoras repassaram aos postos, em média, elevações de mais de R$ 0,30”, destacou a nota.

“Além do preço da Petrobras, altas do etanol também costumam ter reflexo na gasolina vendida pelas distribuidoras, porque toda a gasolina comum vendida no Brasil deve ter na sua composição 27% de etanol.”