Vendas no comércio crescem e igualam patamar recorde
12 de novembro de 2024LIRAa de 2024 mostra cenário de alerta para a infestação do mosquito Aedes aegypti
13 de novembro de 2024Redação Paiquerê
Com o objetivo de pesquisar e desenvolver soluções urbanísticas para o município, três servidoras do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) participaram da capacitação Urban 95 Academy Residence Week, promovida em Londres de 21 a 25 de outubro. O Instituto foi representado pelas gestoras de Arquitetura e Urbanismo Caroline Nascimento Benek, Larissa Blanski e Ana Luiza Müller Moreira.
O evento foi realizado como complementação de um curso on-line de que as profissionais haviam participado entre maio e julho. Juntas, as duas ações compõem a iniciativa Urban 95 Academy, organizada pela London School of Economics, do Reino Unido, e pela Fundação Van Leer, dos Países Baixos.
No total, 50 cidades participaram da etapa inicial, das quais 10 foram selecionadas para enviar representantes à capital britânica. O tema de ambas as atividades foi a prática do urbanismo inclusivo voltado à primeira infância.
Durante o curso on-line, as servidoras tiveram acesso a um conteúdo que abordava assuntos como a gestão municipal, urbanismo e questões socioeconômicas. Nesta etapa, foi preciso elaborar um projeto de intervenção municipal contendo uma solução urbanística destinada à primeira infância. Os responsáveis pelas 10 melhores propostas foram escolhidos para participar de uma residência em Londres com todos os custos pagos, e entre eles estava a equipe londrinense.
Conforme a gestora de Arquitetura e Urbanismo, Caroline Benek, o projeto apresentado pelas servidoras municipais propõe incentivar o uso dos fundos de vale de Londrina pelas crianças pequenas e seus cuidadores, visando a propiciar o contato desse público com o meio ambiente.
“Consideramos que os fundos de vale de Londrina são um grande ativo ambiental, já que o município tem mais de 80 cursos d’água dentro de seu perímetro urbano. Por isso, nossa ideia é proporcionar às crianças a oportunidade de aproveitar mais a natureza, o que é fundamental para o seu desenvolvimento. Fizemos um mapeamento que mostrou que mais de 80% dos Centros Municipais de Educação (CMEIs) estão localizados a até 500 metros de um fundo de vale”, explicou.
Para aproveitar esse potencial, a solução inicial apresentada pelas arquitetas para o curso foram os “trajetos de brincadeira” ligando os CMEIs aos fundos de vale, compostos por calçadas mais largas, pinturas nas ruas, brinquedos e mobiliários urbanos integrados à natureza, entre outras estruturas. A intenção é que a iniciativa seja interconectada ao projeto de Parques Lineares do Ippul, que envolve diversas áreas verdes de Londrina.
Expandindo horizontes
Durante a residência realizada em Londres, os participantes tiveram aulas diariamente, sobre temas como mudanças comportamentais na sociedade, campanhas de mobilização da opinião pública e media training, entre outros tópicos. O curso também envolveu visitas de campo e um workshop ministrado por um urbanista do renomado escritório dinamarquês Jan Gehl.
Conforme Ana Luiza Müller Moreira, o curso expandiu bastante os horizontes das servidoras, que planejam continuar a desenvolver o projeto de intervenção voltado aos fundos de vale de Londrina.
“É uma proposta que resulta em ganhos para a cidade toda. Agora, depois de concluído o curso, teremos seis meses de assistência da empresa multinacional Arup, que oferece serviços de consultoria para a implementação de ações de desenvolvimento sustentável. E, em paralelo, estamos estimulando os setores responsáveis para que o Município inicie as discussões para a implementação do Plano Municipal da Primeira Infância, que é obrigatório. Isso está ligado aos temas abordados no nosso projeto”, sublinhou.
Larissa Blanski destacou que é muito positivo que Londrina tenha a oportunidade de participar de ações desse porte. “Londrina ainda não faz parte da rede Urban 95 no Brasil, enquanto algumas das cidades que enviaram representantes a Londres, como São Paulo e Niterói, já integram esse grupo. Então, é muito positivo que essa oportunidade tenha sido dada a uma cidade do interior. A partir do ano que vem, vamos começar a pensar em formas de estimular essa mudança de comportamento e tornar os fundos de vale parte do dia a dia das crianças e dos seus cuidadores”, concluiu.
A participação das servidoras na residência realizada em Londres contou com o apoio da Diretoria de Governança e Relações Internacionais da Secretaria Municipal de Governo (SMG).
De acordo com a diretora de Governança e Relações Internacionais da SMG, Liz Rodrigues, é muito gratificante que Londrina tenha a oportunidade de participar de capacitações e trocas de experiências internacionais. “Essas atividades proporcionam a obtenção de conhecimentos avançados para serem aplicados no Município. Temos trabalhado na busca e concretização de parcerias internacionais, que refletem diretamente na modernização e qualidade do serviço público prestado”, pontuou.
Com Ncom