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Visando articular medidas de prevenção e combate à dengue na cidade, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou na quinta-feira (16), em sua sede, uma reunião com instituições parceiras para dialogar sobre novas possibilidades de atuação. Estiveram presentes especialistas e autoridades representantes de diretorias da saúde municipal, Universidade Estadual de Londrina (UEL), 17ª Regional de Saúde do Paraná e Hospital Universitário (HU).
O encontro ocorreu um dia após a SMS ter divulgado o segundo boletim de dados, em 2025, sobre o panorama da dengue em Londrina e as ações diárias mantidas. A essência da atividade, segundo a secretária interina de Saúde de Londrina, Rita Domansky, foi avaliar estratégias para aprimorar o monitoramento dos casos de enfrentamento à dengue, levando em conta o aumento das notificações registradas.
“Precisamos ter um corpo de ações permanente, antevendo um possível aumento dos casos de dengue neste período do ano. Vários trabalhos de rotina e outros incorporados estão em curso, estamos intensificando as atuações em campo. Basicamente, isso é dividido e direcionado de acordo com o nível de infestação do município, priorizando as áreas onde há mais notificações e casos confirmados”, comentou ela.
Domansky ressaltou que o planejamento busca criar uma estrutura de suporte em todos os níveis de atendimentos relacionados ao vetor Aedes aegypti. “É sempre necessário, principalmente se houver aumento do número de casos, que todas as regiões estejam cobertas com o suporte do poder público, tendo unidades de referência e UPAs para casos intermediários, e tendo o H.U como retaguarda para situações de internação”, disse.
A secretária ainda lembrou que as pessoas precisam também fazer sua parte, cuidar de suas residências, não esperando somente a atuação da Saúde, já que nos monitoramentos feitos pelos Agentes de Combate às Endemias (ACE) nos imóveis fica constatado que a maior parte dos criadouros estão nos domicílios. “Parecem ações pequenas, mas que envolvem desde tratos de recursos humanos, logística para manutenção de insumos nos serviços, agilização de resultados de exames, agilização da conclusão de fichas epidemiológicas que nos mostram o número efetivo de casos positivos”, concluiu.
Já o gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Nino Ribas, citou que Londrina não está em estado de epidemia de dengue e nem vive surtos da doença, mas frisou que este é um momento de alerta. “O número de notificações desperta uma atenção maior. O conjunto de serviços em prática visa diminuir a densidade vetorial do Aedes para inibir a disseminação do vírus no município. Com a reunião de hoje, vamos começar a desenhar novas ações específicas e inovadoras para o controle da dengue e também para o combate do vetor, pensando no bem-estar da população e buscando ter um verão mais tranquilo em relação ao de 2024. Em breve essas medidas serão divulgadas”, afirmou.
Sobre o risco de circulação de um novo sorotipo do vírus na cidade, Ribas comentou que é preciso ter atenção no monitoramento, analisando criteriosamente amostras de outros tipos de vírus para mapear onde está havendo a circulação e tentar mitigar a disseminação no município. “Tivemos vários surtos de vírus em regiões praianas que tem como sintomatologia características parecidas com a dengue, como febre, vômito, diarreia, dor abdominal, o que acaba confundindo um pouco na hora da análise clínica. As epidemias que tivemos em Londrina no ano passado foram de circulantes do vírus 1 e 2, que são diferentes, então estamos tendo este cuidado redobrado, porque o sorotipo 3 da dengue ainda não alcançou parte significativa da população. A Saúde trabalha a partir da notificação da dengue e intensifica as ações até que os resultados nos norteiem nas ações secundárias, a partir das amostras feitas”, detalhou.
De acordo com biólogo entomologista e professor do departamento de Biologia Animal e Vegetal da UEL, João Zequi, a universidade tem participação efetiva neste programa e busca somar esforços à Prefeitura e à Secretaria de Saúde do Estado, pensando em trazer estratégias para além do que está no Plano Nacional de Combate à Dengue. “A troca de informações, aqui, consiste em alinharmos ferramentas para otimizar o monitoramento do vetor e, com isso, gerar índices de infestação para podermos efetuar um controle mais eficaz. A ideia é que todo o município tenha as armadilhas ovitrampas, método sensível de baixo custo para fortalecer os protocolos para tomadas de decisão. Outras tecnologias como drones e sensores infravermelhos também podem ajudar a detectar criadouros de difícil acesso. A conscientização ambiental também é essencial nas escolas e espaços públicos, todos nós somos atores desse processo para reduzirmos a infestação e baixar, consequentemente, a circulação viral”, analisou.
Campanha municipal e reforço nos atendimentos
Nas tratativas envolvendo o Plano de Enfrentamento da Dengue em 2025, estão sendo colocadas propostas concretas para a criação de uma campanha municipal de combate à dengue, que deverá ser lançada pelo prefeito Tiago Amaral ainda neste mês. A ideia é engajar toda a cidade na prevenção da doença, com materiais informativos, como uma cartilha ou check-list, mutirões de limpeza, capacitação de profissionais de saúde e revisão dos protocolos de atendimento nas unidades de saúde da rede. Estas alternativas serão incorporadas às ações que o Município já mantém como rotina de prevenção e combate ao vetor.
O plano prevê também estratégias para ampliação de veículos para transporte da equipe que faz aplicação de inseticida e participação dos Agentes Comunitário de Saúde na força tarefa para ampliar o “exército” contra a dengue.
Com Ncom