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A Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação (SMOP) promoveu, na quinta-feira (13), uma reunião com representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon Norte Paraná) e do Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (CEAL) com o objetivo de debater a melhor solução para o vazamento detectado no Lago Igapó 2, no último dia 14 de fevereiro.
Além dos representantes das duas instituições, também participaram do encontro engenheiros e técnicos da Secretaria e o projetista da barragem, o também engenheiro Carlos Costa Branco. Durante a reunião, o secretário municipal de Obras e Pavimentação, Otávio Gomes, apresentou três propostas para solucionar o problema.
A primeira delas, a mais simples, logo descartada pela maioria dos técnicos presentes, tratava apenas da restauração do sistema que existe hoje, com o conserto da comporta rompida e a troca da outra estrutura, que fica próxima aos pedalinhos.
O secretário municipal de Obras e Pavimentação, Otávio Gomes, explicou que a solução de consenso, na avaliação do grupo de especialistas, foi pela união das outras duas propostas apresentadas, com a instalação de um sistema de “stop logs”, estruturas que bloqueiam a passagem da água, além de comportas automatizadas para regular a vazão do lago.
“Nós precisamos fazer dois desses “stop logs”. Um a montante, no lago 2, e outro a jusante, no lago 1. Isso significa que, se houver um problema futuro numa das comportas e precisarmos fazer alguma manutenção, você interrompe a entrada da água, interrompe a saída, remove o que restou com bombas e passa a ter um ambiente seco para poder trabalhar”, disse Gomes.
Segundo o secretário, as comportas automatizadas representam um avanço considerável para todo o sistema da barragem. “A gente consegue baixar o nível do lago 2 quando tivermos chuvas de grande intensidade e, com isso, atrasar a chegada da água, por exemplo, até a Rua Joaquim de Matos Barreto, que sofre constantemente com alagamentos”, completou.
Antes de instalar as “stop logs” e comportas automatizadas, Otávio Gomes explicou que vai ser preciso construir duas “ensecadeiras”, estruturas temporárias, que podem ser feitas de grandes pranchas metálicas, de pedra ou até sacos de areia, e que servem para isolar uma determinada área de trabalho que fica dentro da água, permitindo a realização de obras em locais submersos.
“A ensecadeira vai servir, justamente, para barrar a água que corre para dentro da tubulação. Ela vai ter que ser feita tanto a montante, dentro do Lago 2, quanto a jusante, no Lago 1. Também vamos aproveitar a ensecadeira para fazer uma manutenção naquela parte dos muros de contenção do Lago 1, onde tem o talude que vem da Higienópolis, que está bem danificado”, ele disse.
Em relação ao prazo para a conclusão do projeto e a contratação da empresa que vai realizar os serviços, o secretário afirmou que deve girar em torno de cinco meses, já que não vai ser preciso licitar a obra, por conta do decreto de emergência publicado no dia 28 de fevereiro.
“Nós já definimos qual é a melhor proposta e vamos fazer o contrato com o Carlos Costa Branco, que projetou a barragem no início dos anos 2000 e tem larga experiência na área. “Ele vai iniciar o desenvolvimento dos ‘stop logs’ e do novo modelo de comporta. Após isso, com o projeto em mãos, vamos fazer três orçamentos, e o Sinduscon, inclusive, já se colocou à disposição para auxiliar nessa parte. A obra em si, não é muito demorada, porque, basicamente, precisamos fazer a contenção da água, duas caixas e a instalação das comportas”, disse
O projetista da barragem, engenheiro Carlos Costa Branco, ressaltou que o ‘stop log’ representa um aprimoramento da comporta que já existe no lago e vai permitir manutenções periódicas de uma forma bem mais tranquila. “Outra possibilidade é um sistema com placas, em que se pode tirar uma delas, ou mais, para regular o nível do lago. A gente tem que analisar as vantagens e desvantagens de cada uma delas.”
A presidente do Sinduscon, Celia Catussi, destacou que, no que depender da instituição, a Prefeitura terá todo o apoio para a realização da obra. “Nossos associados podem contribuir com informações técnicas, ajudar a Prefeitura a chegar nos melhores valores para os orçamentos. Então, o que a gente vai fazer agora com os nossos associados é montar essa equipe de estudo e dar apoio a essas decisões que serão tomadas”, afirmou Catussi.
Com Ncom