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Tradicional nas exposições agropecuárias, a cocada é a grande pedida de quem visita as feiras. O doce traz memória afetiva e faz parte da história de vida de diversas pessoas. Lourdes Cardoso é de Londrina, nesta edição da Expo a aposentada comprou cocadas, paçoca e doce de leite. A barraca é parada obrigatória para a ex-bancária que não sai da feira sem um doce, a tradição começou há quase 30 anos. “Cocada é tradição, eu compro desde que minhas filhas eram pequenas, hoje elas já são adultas! A cocada daqui parece que é diferente, não tem como sair da feira sem um docinho”, explicou a aposentada.
Para além de quem compra, a cocada é fonte de sustento e de independência financeira para diferentes famílias. São poucos ingredientes, basicamente coco e açúcar, mas a mistura se transformou em renda. A infância de Idevaldo Braz foi ao lado de um tacho do doce. O trabalhador nasceu em Fernandópolis, interior de São Paulo. Ao acompanhar outras pessoas trabalhando com as cocadas, surgiu o interesse de seguir a profissão. “Lá na minha cidade tinha muita gente que fazia, aí viajava em rodeio, me contrataram na época e eu comecei com 8 anos”, relembrou o doceiro.
Com o dinheiro da venda do doce popular, Idevaldo formou as duas filhas na faculdade, o feito é motivo de orgulho para o doceiro. Aos 58 anos, ele coleciona diversas cidades no currículo e não tem previsão de parar. “Já estive lá na Festa da Uva do Rio Grande do Sul, já estive lá em Palmas no Tocantins, Ariquemes em Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro”, contou Idevaldo Braz.
O conhecido “Rei do Doce” também é do interior paulista. A história de Lazinho Santos com a cocada iniciou há 37 anos em Araraquara, são 15 anos só de ExpoLondrina. Além do norte do Paraná, o trabalho também se estende para Colorado e Barretos. A influência da família foi fundamental para o doceiro pegar gosto pelo trabalho. “Meu irmão começou a trabalhar em feiras e foi me incentivando, dizendo que era um bom negócio e graças a Deus sou muito feliz e muito grato a ele e às feiras que me dão o espaço para trabalhar’, disse o empresário.
Em média, durante a ExpoLondrina, Lazinho vende mil cocadas por dia. Com o valor arrecadado em cada exposição, o doceiro pagou a escola e faculdade dos dois filhos. “Inclusive um se formou em engenharia elétrica em Medianeira no começo do mês”, celebrou o trabalhador.
Produção Artesanal
As cocadas vendidas na ExpoLondrina são produzidas artesanalmente pelos doceiros. Em média são cinco tachos de 80 quilos por dia. Cada unidade é vendida a R$ 10,00. As barracas abrem às 10h e fecham entre 23h e 3h, dependendo do movimento no Parque Ney Braga Eventos.
Com ExpoLondrina/Tatiane Pívaro